Última alteração: 2012-07-13
Resumo
RESUMO
O presente artigo tem por finalidade, trazer o relato de uma experiência etnográfica realizada por nós, alunas do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina[1], que aceitamos o desafio lançado pela professora de Antropologia para que buscássemos conhecer as representações sociais sobre o tema da violência e a violência de gênero. Nossas experiências foram registradas em nossos diários de campo, marca do trabalho antropológico, repleto de significações. Para que o objetivo deste trabalho fosse alcançado, foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas. Em relação à escolha dos colaboradores, estipulou-se, serem cinco informantes, sendo destes, dois homens e três mulheres com idades distintas; o critério utilizado com os informantes eram de serem solteiros ou casados tanto para o sexo masculino, quanto para o sexo feminino. Com base nos dados coletados e no estudo teórico sobre o tema, pode-se perceber que apesar dos casos de violência sexual e física serem mais usualmente apresentados às pessoas, sobretudo pela mídia, eles não são os únicos relevantes quando se fala desse assunto. A violência verbal, por exemplo, é apontada na maioria das falas dos informantes e, muitas vezes, considerada tão abusiva quanto à física. Deste modo, é interessante ressaltar que, a supressão das vontades femininas também é considerada uma das formas de violência de gênero. As falas dos informantes sinalizaram também que, a violência de gênero apesar de não ser um assunto desconhecido e de, em geral, ser encarado com grande indignação pela sociedade brasileira, ainda é visto de forma estereotipada no que diz respeito à sua relação com as classes sociais, ou seja, muitas vezes acredita-se que, esses casos são exclusivos, ou ao menos, típicos de classes sociais desfavorecidas economicamente.
[1] Esta experiência se deu no primeiro ano do curso.