O presente trabalho é resultado parcial de uma pesquisa de iniciação científica de acadêmicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, primeiramente foi realizado o levantamento de material bibliográfico acerca da velhice, para tecer a definição do objeto de estudo do trabalho, a partir das contribuições da Psicologia Histórico-Cultural. Posteriormente, realizou-se a busca de filmes que contemplassem esta categoria e, então, a análise dos filmes, correlacionando-os com o aporte teórico. Para o desenvolvimento do trabalho foi utilizado os pressuposto da Psicologia Histórico- Cultural, elaborada por L. S. Vigotski, A. R. Luria e A. Leontiev, no contexto pós Revolução Russa de 1917. Esta teoria é pautada no método do Materialismo Histórico Dialético de Karl Marx (1818-1883), e defende “que as mudanças históricas nas relações entre indivíduos e na maneira como esses indivíduos organizam a vida material produzem mudanças na consciência e no comportamento humano” (Reis, 2011, p. 47). Desta forma, esta perspectiva teórica permite a superação do determinismo biológico e do determinismo da periodização do desenvolvimento humano, pautada na visão maturacionista e naturalizante. O principal objetivo foi definir o processo de envelhecimento como uma categoria construída a partir do contexto social, histórico e cultural. Bem como visou investigar, por meio da análise de dois filmes – Elza e Fred e Copacabana -, como a velhice tem sido pensada e compreendida pela indústria cinematográfica, pensando esta indústria como formadora de opinião pública e promotora de reflexão.