Tamanho da fonte:
Afetividade, vínculo e trabalho: considerações a respeito dos limites e possibilidades da mãe social enquanto cuidadora e profissional
Última alteração: 2012-07-25
Resumo
Com o surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, há a preocupação em criar políticas públicas voltadas para o menor em situação de abrigo, cujo atendimento despersonalizado e com poucas perspectivas de criação de vínculos entre o cuidador e a criança fossem substituídos. Para isso, institui-se abrigos na modalidade de casas-lares e a denominação de mãe social para a cuidadora responsável pelo bem-estar da criança dentro da instituição. A demanda profissional destas cuidadoras, no entanto, mostra-se segundo a exigência do cumprimento de muitas atividades, bem como de um comprometimento afetivo importante com a criança. Tais condições implicam no posicionamento do trabalhador frente a dificuldades quanto à relação entre trabalho e afetividade, muitas vezes prejudicando o exercício de sua função, de forma que diversas pesquisas apontam a existência de dificuldades quanto ao exercício da profissão conforme propõe a legislação. É nesse sentido que o trabalho versa, buscando entender como se dá essa relação profissional de mãe social considerando os aspectos emocionais e afetivos envolvidos no seu trabalho, e quais as possibilidades e limites do mesmo através da revisão de literatura. Concluiu-se que a partir do que os autores indicam, os cuidadores enfrentam dificuldades em posicionar-se frente a uma demanda profissional de atividades a serem cumpridas e de atendimento às necessidades afetivas das crianças, evidenciando um déficit na capacidade do treinamento a elas oferecido de possibilitar o desempenho das funções conforme designam as leis que regulamentam a profissão.
Palavras-chave
Mãe Social; Trabalho ; Afetividade
Texto completo:
PDF