O presente artigo é resultado de pesquisa bibliográfica realizada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá (2010-2011) e atrela-se à Área de Concentração Constituição do Sujeito e Historicidade e ao Projeto Psicologia histórico-cultural e defectologia: estudo das contribuições/implicações teórico-metodológicas soviéticas para a apropriação da linguagem verbal por alunos com deficiências e para a constituição das suas subjetividades (UEM, 2007-2013). Tem como temática o estudo da relação entre o papel do desenvolvimento da linguagem e a formação da capacidade criativa. Justifica-se a sua elaboração pela escassez de pesquisas e de publicações a respeito. Elege-se como objetivo geral: investigar, sob os fundamentos da psicologia histórico-cultural, o desenvolvimento da manifestação criativa e sua relação com o processo de formação da linguagem, com vistas a contribuições para formação do psicólogo no campo educacional e do trabalho. Resulta de pesquisa bibliográfico-conceitual, tendo como pressupostos teóricos a Psicologia Histórico-Cultural. Conclui-se que, apesar da obra de Vigotski datar do início do século XX, suas proposições acerca do vinculo estreito entre o desenvolvimento da conduta voluntária, com destaque para formação de conceitos científicos, apresentam-se atuais, por afirmar uma concepção da criatividade como síntese de múltiplas determinações do real, compreendido historicamente e em sua totalidade. Destaca-se a importância da história como ferramenta teórica e metodológica para o avanço nos estudos da ciência psicológica de modo a não individualizar e não naturalizar o homem, seu psiquismo, sua falta de criatividade.