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A PLURALIDADE DE INTERPRETAÇÕES DO TEXTO DE B. F. SKINNER: LIMITE OU POTENCIALIDADE EPISTEMOLÓGICA?
Carolina Laurenti

Última alteração: 2012-08-24

Resumo


As histórias da filosofia e da ciência mostram a predileção humana pela unidade e o seu desprezo pela pluralidade. O campo psicológico pode ser considerado um éthos emblemático para visualizar a dificuldade de lidar com a pluralidade. Por exemplo, de uma perspectiva epistemológica, a Psicologia não foi considerada ciência por alguns epistemólogos, como Thomas Kuhn, justamente por não ter um projeto científico unitário, com teoria, objeto e métodos uniformes, capazes de dar a essa área do conhecimento um paradigma que lhe conferisse uma identidade. Não obstante, o projeto de psicologia científica, que surgiu no fim do século XIX, já nasceu plural com Wundt e James. Longe de ser coibida, essa bifurcação epistemológica inicial foi ramificada com a proliferação de diferentes propostas de psicologia científica no século XX. Exacerbando essa pluralidade, no interior de cada uma das tradições de pensamento psicológico, podemos encontrar ainda mais pluralidade. É o caso, por exemplo, da escola behaviorista. Há, pois, uma pluralidade e não uma unidade na história do Behaviorismo. Ademais, a pluralidade está, igualmente, presente no texto de B. F. Skinner. O objetivo deste texto foi sondar diferentes possibilidades de abertura epistemológica do texto skinneriano, destacando algumas consequências dessa pluralidade epistemológica para os desafios contemporâneos da Psicologia como ciência.


Palavras-chave


psicologia; pluralidade; ciência.

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