O saneamento básico é um direito de todos assegurado pela Constituição e, com relação ao tratamento de efluentes domésticos no Brasil, a solução mais utilizada são as lagoas de estabilização. Logo, diagnosticar e analisar, de forma crítica, os impactos ambientais decorrentes da instalação e operação de uma lagoa de estabilização locada próximo à área urbana de uma cidade foi o objeto desta pesquisa. Escolheu-se então o município de Marialva-PR, onde há uma lagoa operante localizada à 150m de uma área residencial. A área de estudos foi caracterizada física e socialmente, observando-se uma zona de baixa renda e de habitantes com nível de escolaridade aquém da média do município. A pesquisa foi elaborada através de aplicação de questionário de opinião, tomando como base uma amostra estratificada da população. Evidenciou-se que a percepção da população é a de viver uma situação alarmante em que o mau cheiro proveniente da lagoa, ao realizar a estabilização da matéria orgânica, é contínuo, a permanência no local é desconfortável e há a proliferação de animais nocivos (como baratas e moscas) na região. Logo, conclui-se que a implantação de lagoas de estabilização nas proximidades de áreas habitadas torna-se prejudicial para a população, devendo ser evitada.