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O trabalho a seguir busca contribuir para a reflexão em torno do processo projetual e de sua sistematização, possuindo por ponto de partida a representação do projeto, – aqui colocada como operação de passagem de ideia para a matéria – desde o croqui, projeções ortográficas, imagens tridimensionais e maquetes, suas técnicas, instrumentos, e suas interferências nos processos de concepção do espaço. Entendendo a eleição, utilização e desenvolvimento de tais técnicas e instrumentos enquanto componentes de estratégias de representação gráfica, no campo de conhecimento da arquitetura e urbanismo, o artigo busca contribuir para a superação da visão de tal instrumental enquanto algo estático, em prol das possibilidades de seu desenvolvimento, fusão, intercambiamento e adaptação, de maneira cíclica e não linear, no interior do processo de concepção do espaço. A análise e compreensão do papel desempenhado pelo projetista na definição de problemáticas e na elaboração de soluções projetuais específicas, tem há muito tempo superado modalidades baseadas tanto na reprodução de cânones quanto na excepcionalidade ou genialidade na criação artística. Paralelamente a esta gama complexa de referências e procedimentos projetuais, encontra-se o leque de opções relativo aos instrumentos de representação, sejam aqueles disponíveis, sejam aqueles de domínio deste projetista. Sendo assim, o processo projetual, enquanto atividade ampla e global de alimentação e retroalimentação conforme os dados são representados e esclarecidos pelas técnicas de representação, igualmente demanda uma atitude ativa do projetista na definição de tais estratégias, que igualmente se constituem em vias de mão dupla. Aflora assim a pertinência de estudos que se dediquem ao diálogo entre metodologia de projeto e de expressão gráfica, em que a dinâmica das decisões projetuais e de sua fixação na matéria, demandam sucessivamente a definição e adoção de estratégias projetuais e de representação gráfica.